terça-feira, agosto 30, 2005

What I want...


A invenção de um líquido numa tarde de verão de 1886 viria a tornar-se parte da história do mundo e das civilizações. Nada foi mais despretensioso que o farmacêutico Dr. John Styth Pemberton, tentando criar um remédio para a dor de cabeça misturando ingredientes num tacho de latão no fundo de seu quintal.

Pemberton levou este xarope para uma farmácia, situada a dois quarteirões de sua casa, onde foi misturado com água. Vocês já devem ter ouvido esta legendária história na qual este farmacêutico vendia o xarope numa farmácia na cidade de Atlanta (EUA), chamada "Jacob's Pharmacy". O xarope era uma solução caramelada e colorida, misturada com água para curar "todos os males da alma e do corpo", e era vendido a $5 cents o vidro. A Coca-Cola reconheceu o dia 08 de maio de 1886, como sendo o dia em que foi vendido o primeiro vidro.

A história ou lenda, conta que um freguês chegou ao local, com muitas dores e o atendente misturou o xarope, acidentalmente com água carbonada ou invés de água comum e deu no que deu...
O Dr. John e seu guarda-livros Sr. Frank M. Robinson associaram-se e criaram o logotipo da marca, patentearam o produto e o nome. Frank M. Robinson sugeriu a nome Coca-Cola, juntando os dois ingredientes chave do produto e desenhou as letras naquele estilo cursivo único que se mantém até hoje.

Nascia assim a marca Coca-Cola, que foi impressa pela primeira vez num fundo preto com letras vermelhas. Surgia também nessa época, através do visionário Dr. Pemberton, o primeiro slogan da Coca-Cola: "Drink Coca-Cola" - "Beba Coca-Cola".

segunda-feira, agosto 29, 2005

Porquê Aprendiz?

Porquê Aprendiz?
Porque ao partilhar com as pessoas que me são caras e queridas e algumas coroas também, este "bloco de notas" virtual que seja, é uma forma de estar mais próxima, tão próxima à distância de um teclado em qualquer cidade, onde estão os que mais gosto, os que mais quero, os que mais preciso.
"Os amigos", todos eles, sem excepção são meus professores exemplares.
Quando tenho dúvidas, duvido e pergunto!
Não espero alongar-me em artigos de opinião, pois sei bem que o vosso tempo é precioso e sempre pouco para usar nesta janela aberta para o mundo.
Mas neste meu metro quadrado de espaço virtual, conto receber as vossas visitas, com todo o carinho e atenção, como sempre!
Imaginem que estão confortavelmente sentados no tal sofá lilás, em que vos passo para as mãos pequenos poemas, textos (uns de minha autoria, outros não, que serão devidamente identificados, para não ser acusada de copiar nos testes...cábulas nem vê-las! ), fotos, links, comentários diversos...algum humor, algumas birras, pois sabem que tanto posso rir muito e com prazer como desato em prantos de fazer chorar as pedras da calçada, mas, não! não sou depressiva nem tenho a mania! A maioria dos poemas foram escritos de uma forma espontânea, instintiva, sentida, mas nem sempre sofrida. São apenas uma forma de expressão.
Se são mesmo meus Amigos têm que ter paciência e continuar a apostar em mim...
Vamos a ver como é que isto vai correr...
Ao fazer perguntas gostava q respondessem e me dessem a vossa opinião ou mesmo sugestões, enviem-me textos vossos, coisas, devaneios, o que quiserem sobre tudo o que acharem pertinente. É sempre uma forma de aprender.
Só mais uma coisa: sei que os "professores" não se tratam por "tu", mas "tu" és diferente, por isso é assim que, para além de bem, te vou tratar...
Deixa-te estar sentado(a) que eu vou ali à cozinha buscar um cházinho...

What a wonderful world ( The moffats )

Don't know much about history
don't know much biology
Don't know much about a science book
don't know much about the French I took
But I do know that I love you
and I know that if you love me, too
what a wonderful world this would be

Don't know much about geography
don't know much trigonometry
Don't know much about algebra
don't know what a slide rule is for
But I did know that one and one is two
and if this one could be with you
what a wonderful world this would be

Now I don't claim to be an 'A' student
but I'm tryin' to be
For maybe be being an 'A' student, baby
I can win your love for me

Don't know much about history
don't know much biology
Don't know much about a science book
don't know much about the French I took
But I do know that I love you
and I know that if you love me, too
what a wonderful world this would be

But I do know that I love you
and I know that if you love me, too
what a wonderful world this would be

domingo, agosto 28, 2005

O valor de uma mulher

O Talmud é um livro onde se encontram condensados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos. Há um que termina dizendo o seguinte:

"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada".

Comentário Aprendiz:
Faço judiarias, mas não sou judia. Um dia destes lá terei que ler o Talmud, para além da Biblia e do Alcorão...talvez nas aulas de Religião e Moral...
Agora mais a sério, diz-me: Acreditas em Deus ou nos deuses? Acreditas em quê?

Apontamentos - O tédio é a raiz de todos os males

"Não admira, pois, que o mundo vá de mal a pior e que os males aumentem cada vez mais, à medida que aumenta o tédio, e o tédio é a raiz de todo o mal. A história deste pode acompanhar-se desde os primórdios do mundo. Os deuses estavam entediados, pelo que criaram o homem. Adão estava entediado por estar sozinho, e por isso foi criada Eva. Assim o tédio entrou no mundo e aumentou na proporção do aumento da população. Adão aborrecia-se sozinho, depois Adão e Eva aborreceram-se juntos, depois Adão e Eva e Caim e Abel aborreceram-se en famille; depois a população do mundo aumentou e os povos aborreceram-se en masse. Para se divertirem congeminaram a ideia de construir uma torre tão alta que chegasse ao céu. Esta ideia, por sua vez, é tão aborrecida como a torre era alta, e constitui uma prova terrível de como o tédio se tornou dominante."

Soren Kierkegaard, in 'Ou/Ou'

Comentário Aprendiz:
Fazendo uma viagem no tempo para a actualidade, de facto, cada vez mais se verifica a tentativa desesperada dos Humanos "fugirem ao tédio" e acabam presos a essa mesma preocupação de fuga e escape.
Esquecem-se porém, que para mais longe que possam ir, por mais actividades que possam ter, por mais altas hierarquias que possam atingir, é dentro de si mesmos que se encontra a possibilidade de dominar ou combater o tédio, a inércia, a falta de iniciativa.
Hoje em dia, um noticiário sem catástrofes, sem desastres é um noticiário entediante. Hoje em dia um filme a preto e branco, sem violência, sem sexo, sem efeitos especiais...para a grande maioria das pessoas, é "boring", hoje em dia uma empresa sem acesso à internet é uma secaaaaaaaa!
A infelicidade pessoal e a constante busca de distração(não interessa como ) provoca o tédio. Nem que seja para não se pensar muito da realidade. Para não se tomar consciência.
É tomar o comprimido e deixar andar...

E tu? costumas aborrecer-te com o quê?

The first of the gang to die (Morrisey)

You have never been in love,
Until you have seen the stars,
reflect in the reservoirs

And you have never been in love,
Until you have seen the dawn rise,
behind the home for the blind

We are the pretty, petty thieves,
And you're standing on our streets
Where Hector was the first of the gang with a gun in his hand
And the first to do time, the first of the gang to die,
Oh my

Hector was the first of the gang with a gun in his hand
And the first to do time, the first of the gang to die,
Oh my

You have never been in love,
Until you've seen the sunlight thrown,
Over smashed human bone
We are the pretty, petty thieves,
And you're standing on our streets

Where Hector was the first of the gang with a gun in his hand
And the first to do time, the first of the gang to die,
Such a silly boy

Hector was the first of the gang with a gun in his hand
And the bullet in his gullet
and the first lost lad to go under the sod
And he stole from the rich and the poor and not very rich
and the very poor

And he stole our hearts away
He stole our hearts away,
He stole our hearts away
He stole our hearts away,
He stole our hearts away

Migalhas de felicidade

Há o instante efémero que passa e há o instante mágico que fica.
E esse instante que fica é perigoso.
É perigoso porque prende.
Resta.
Permanece.
É bonito e vai ser sempre bonito.
Ficou inscrito na memória e jamais se apagará.
O perigo está em cristalizar o momento e não conhecer tudo o resto que se segue.
É o desconhecido que se teme e se deseja.
A emoção do momento.
Instantâneo como o flash que a câmara dispara.
Se a felicidade tiver a forma do pão que nos alimenta, então os momentos mágicos e autênticos são as migalhas de felicidade que nos matam a fome de viver.
Se a seguir a esses momentos surgirem as lágrimas, essas servem para nos matar a sede de amar.

Faltam-me as palavras...

Pediste-me um poema...
mas eu poeta não sou.
O Amor era o tema...
mas, apaixonado já não estou.

Faltas-me tu, que não conheci...
Falta-me o futuro e o presente.
Resta-me o passado que vivi...
Ruínas de um castelo demente.

Faltam-me as sensações...
Já não estou em mim.
Acabaram-se-me as ilusões...
É o princípio do fim.

alguns favoritos

Amigos ( Oscar Wilde )

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.''

Oscar Wilde

Quedate aqui ( Salma Hayek )


Quedate aqui
en mis brazos
quedate aqui
para mi,

y no me digas que me amas
no me digas que me adoras
dime solo que te quedas
una vida junto a mi

llevame por alli
llevame en tus anzias a un lugar
donde ya no tenga que jurar
donde ya no tenga que mentir
donde solo exista para ti.

y no me preguntes si te quiero
que no te preocupe lo que pienso
que yo soy completamente tuya a mi manera.

Aprender (autor desconhecido)


Eu aprendi:
que não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto.... que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, há pessoas que não dão importância e jamais conseguirei convencê-las.... que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos...
Aprendi que posso usar o meu charme por 15 minutos apenas, depois disso, tenho que saber do que estou a falar.... que posso fazer algo num minuto e ter que responder por isso o resto da vida... que, por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos nos nossos caminhos...

Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência... que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei.... que eu preciso escolher entre controlar o meu pensamento ou ser controlado por ele... que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.... que perdoar exige muita prática.... que há muita gente que gosta de mim, mas que não consegue expressar isso...
Aprendi que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar a minha vida.... que eu posso ficar furiosa, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel... que jamais posso dizer a uma criança que os seus sonhos são impossíveis. Será uma tragédia para o mundo se eu conseguir convence-la disso!
Aprendi que o meu melhor amigo vai me magoar de vez em quando e que eu tenho que me habituar a isso.... que não é o bastante ser perdoada pelos outros, eu preciso de me perdoar primeiro... que, não importa o quanto o meu coração esteja a sofrer, o mundo não vai parar por causa disso...
Aprendi que as circunstâncias da minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu fiz quando adulta... que, numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não me quero envolver... que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiam. E quando elas não discutem, não significa que elas se amem...
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão magoar-se e eu também serei magoada, isso faz parte da vida.... que a minha existência pode mudar para sempre em poucas horas, por causa de pessoas que nunca vi antes... que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábia...

Aprendi que:a palavra AMOR perde o seu sentido quando usada sem critério, certas pessoas vão-se embora de qualquer maneira... é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que eu acredito.....

sábado, agosto 27, 2005

O menino de Moçambique


Nesta terra sofrida
banhada pelo mar
vive o menino da Costa do Sol

Sem nada pedir
Sem nada esperar

Passeia pela avenida, a sorrir

Oferecem-lhe um brinquedo
Um brinquedo é muito para quem nada tem
No inicio mostra receio
mas logo reconheceu quem por bem veio

Nesta terra pelo sol aquecida
brinca o menino da Costa do Sol

Feliz com o seu novo brinquedo
Por momentos é herói
Da pobreza já não tem medo
De fome a barriga já não dói

Quem nada pediu
Quem nada esperou

Com o mais simples dos sorrisos nos presenteou

Ser Livre

Quem passa a vida a dizer que quer ser livre, acaba preso ao seu próprio conceito de liberdade.

O barco que flutua no cais, amarrado, sonha navegar por esse mar adentro.
No dia em que solta as amarras fica baralhado, sem rumo, desnorteado…
A ânsia que outrora se apoderava dele, na forma de desejo do desconhecido, transforma-se agora em abandono e desalento …
As águas profundas do alto mar que lhe pareciam inatingíveis e distantes, pairam ao seu alcance, tão prontamente suas, que depressa perdem o encantamento.
A estranha sensação de poder alcançar o impossível que se tornou tangível, invade a pequena embarcação…
Chegou a hora de zarpar!
Mesmo sem destino, mesmo sem nada à sua espera, vai cruzando oceanos, ora turbulentos ora serenos.
Segue a rota, nem sempre certa, mas isso pouco importa!
Umas vezes a favor do vento, outras, e para seu tormento, atingido pela tempestade que o fustiga sem piedade…
Recorda com saudade as amarras que tanta segurança lhe davam, ao mesmo tempo que o sufocavam…
Quis então saber o que o esperava para além do previsível. Escolheu passar pelo pior para assim valorizar o melhor…
Tal como o tempo, também este barco não volta atrás. Uma vez içada a âncora, o fim do mundo é o seu próximo porto de abrigo.
Será sorte, será castigo?
Na dureza da travessia, tanto há momentos de tristeza como de alegria.
Nem tudo mau lhe parecia tendo o céu como tecto, a lua como abat-jour, o mar como colchão e o sol como companhia…
Aprendeu que ser livre é querer ser, é ter vontade de fazer, tudo ou nada. É ter prazer!
É não parar!
É ir e voltar quando apetecer.
Ser livre é também saber estar!