quarta-feira, dezembro 25, 2019
quinta-feira, janeiro 14, 2016
segunda-feira, março 02, 2015
domingo, maio 18, 2014
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
Festim
Começo a achar que já não sei quando devo parar.
As linhas que me apontam para seguir, há muito que deixaram de ser contínuas.
As intermitências são uma constante.
Já não sei onde comecei.
Caminho no sentido que me parece mais certeiro, que a qualquer momento
poderá ser invertido.
Olho para cima e vejo um limite, que não é o céu.
Olho para baixo: o abismo fica mais perto.
Entre o começo e o fim deleito-me com o festim de que é feita a minha vida
**poema de Aprendiz ( a inspiração voltou )
Começo a achar que já não sei quando devo parar.
As linhas que me apontam para seguir, há muito que deixaram de ser contínuas.
As intermitências são uma constante.
Já não sei onde comecei.
Caminho no sentido que me parece mais certeiro, que a qualquer momento
poderá ser invertido.
Olho para cima e vejo um limite, que não é o céu.
Olho para baixo: o abismo fica mais perto.
Entre o começo e o fim deleito-me com o festim de que é feita a minha vida
**poema de Aprendiz ( a inspiração voltou )
segunda-feira, novembro 25, 2013
quinta-feira, junho 13, 2013
segunda-feira, maio 20, 2013
terça-feira, fevereiro 12, 2013
aprendiz procura novas oportunidades de trabalho
Pois é, afinal também já faço parte das estatísticas relativas ao desemprego em Portugal.
Agora que tenho mais tempo livre, já poderei vir mais vezes ao blog da AprendizdeT...rabalhadora.
:)
Agora que tenho mais tempo livre, já poderei vir mais vezes ao blog da AprendizdeT...rabalhadora.
:)
terça-feira, janeiro 15, 2013
segunda-feira, julho 23, 2012
Pertencer
"Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro.
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.
Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.
No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança.
Mas eu, eu não me perdôo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho!"
quinta-feira, abril 26, 2012
Às vezes gostava tanto de fazer uma coisa grande para poder mostrar o quanto és importante para mim.
Às vezes gostava tanto de gritar bem alto, o que o meu coração diz baixinho, todos os dias, gosto de ti gosto de ti gosto de ti
Às vezes uma vida não chega, um corpo não basta para poder conter a força deste Amor.
Amo-te sempre, em todos os simples dias da minha singular existência
*** aprendiz
Às vezes gostava tanto de gritar bem alto, o que o meu coração diz baixinho, todos os dias, gosto de ti gosto de ti gosto de ti
Às vezes uma vida não chega, um corpo não basta para poder conter a força deste Amor.
Amo-te sempre, em todos os simples dias da minha singular existência
*** aprendiz
segunda-feira, abril 02, 2012
sexta-feira, janeiro 06, 2012
embora de mim
Qualquer dia vou-me embora
Não daqui nem de ti
Vou-me embora de mim
Despeço-me
Do que conheço, do que sou
Qualquer dia vou-me embora
Bato com a porta, acabou
Procuro um novo começo
Sem sair do mesmo lugar
Movo-me devagarinho
Começo já a contar
Os dias que ainda faltam
Para esse dia chegar
Qualquer dia vou-me embora
Não daqui nem de ti
Vou-me embora de mim
Assim…
**poema de Aprendiz