quarta-feira, abril 28, 2010

Dor

Dói-me mudar, tudo o que é passível de mudança - de emprego, de cidade, de casa, de mim e de ti.


Dói-me começar: o início de alguma coisa significa o fim de outra: o teu fim em mim.


Dói-me sentir que já não te sinto; sinto muito.


Dói-me magoar-te ( no corpo e na vida ).


Dói-me tudo - por tudo - e: por nada.


A dor física eleva-se ao plano dos tecidos: regenerados, queimados, frios, quentes, rasgados, mortos.
Reacções a agressões físicas externas; não controláveis: evitáveis.


A dor emocional eleva-se ao plano dos sentidos. Não se vê. Não se cheira: sente-se, vive-se, sobrevive-se.
Repete-se ciclicamente. É desnecessária: inevitável.



** poema Aprendiz

2 Comments:

Blogger Henrik said...

Há alturas em que simplesmente dói, façamos o que fizermos.

6:37 da tarde  
Blogger Aprendiz said...

Mas o importante é ter consciência que depois da tempestade vem a bonança, mas podem demorar dias, meses anos, uma vida :)

beijnhos Henrik! :))

4:40 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home