Oh my God!!! Are you talking to me?
Já alguma vez te lembraste de questionar o teu deus, sobre como é estar na sua pele e saber tudo, ser responsável por tudo desde a origem até ao fim...Omnisapiente e Omnipresente.
É que não deve ser nada fácil saber-se tudo, pois não?
Mas o mais difícil é saber tudo e saber que sabe tudo e nunca ser surpreendido, nem ficar encantado, nem sentir curiosidade...Que aborrecimento!
Imagino que estou a jantar e do meu lado esquerdo está deus.
Quando começo as frases não posso dizer “Olha, sabias que...”, “Ouvi dizer que...”, “Bem, nem imaginas...”, “Não vais acreditar no que vi hoje”...
“ Permites que te diga” ... “posso fazer-te uma pergunta?”...é uma hipótese, esta abordagem humilde e directa...
Enfim, tudo o que eu disser ou souber não vai ser ouvido com a atenção que julgava merecer, porque simplesmente nada do que eu diga, mesmo que, da forma mais eloquente, vai acrescentar algo de novo a quem já sabe tudo.
Que frustração!
Como é que eu vou meter conversa com ele, e falar de quê, se ele já sabe o que vou dizer e já tem as respostas sem eu fazer as perguntas e tem as certezas para as minhas dúvidas. Assim não dá... O melhor é eu desistir desta ideia e pensar noutra mais fácil.
posted by Aprendiz at 11:01 da manhã
8 Comments:
Mas podes lançar-Lhe um desafio: criar uma pedra tão pesada, que nem mesmo Ele a consiga levantar. Se essa pedra existir, continuará Deus a ser Omnipotente?
Bjs!
Roque
Ou então podes questionar se Deus saberá realmente tudo...
E se isto tudo não passa de uma experiência para a qual nem ele (Ele, perdão) sabe o resultado?
Assim sendo, já ele teria todo o interesse em te ouvir e aprender contigo, não?;)
Ass: ptR
olá Roque e ptR!!!
Para além de omnipresente, omnisapiente ainda será omnipotente ( para poder levantar a pedra )...
Dizem que está em toda a parte, que sabe tudo e que pode tudo.
Eu digo que está dentro de quem acredita.
Não consegui escrever o suposto diálogo, porque para mim, tudo o que eu dissesse como pergunta e resposta viria sempre "inclinado" ou "manipulado" pelas minhas crenças e induziria as "suas" respostas consoante as minhas divagações.
Daí ter desistido da ideia...
No entanto, continuo a imaginar que deve ser muito entediante a "vida" de um deus, porque não se surpreende com nada, não é estimulado, e, pelos vistos não tem ninguém por perto para conversar, e pelos vistos, nem sequer é compreendido, pois o seu nome é usado para o bem e para o mal...
Enfim, antes de usar o nome dele, as pessoas deviam, primeiro compreender bem os seus principios e saber interpretar, sem ser necessariamente à letra, todos os "escritos" que se têm mencionado ao longo dos anos..não acham?
:o)
beijitos
Eu acredito num Deus que não sabe tudo (não é omnipresente nem omnisapiente muito menos omnipotente), logo não tem uma vida entediada. Está sempre a aprender (é um aprendiz como tu!)
"Dizem que está em toda a parte, que sabe tudo e que pode tudo." Pois dizem, mas eu não acredito! :))
"primeiro compreender bem os seus principios " Quais são eles? Os católicos? Os budistas? Os judeus? Muçulmanos é que não de certeza!
"saber interpretar, sem ser necessariamente à letra, todos os "escritos" que se têm mencionado ao longo dos anos..não acham?" Honestamente, não. Não acredito que esses escritos transmitam a palavra de Deus, mas sim apenas a de alguns homens...
Desculpem o entusiasmo mal disfarçado, mas poucos assuntos me interessam tanto como este (a existência de Deus)
Bjs,
Ass: ptR
Felizmente há coisas que não compreendemos. Talvez não tenhamos capacidade para isso. Temos de ser humildes e aceitar os nossos limites. Os povos antigos reconheciam os seus limites e por isso criaram os deuses. O Homem moderno munido da sua parafernália de conhecimentos e instrumentos científicos acha que já não precisa de Deus. Acha-se ele próprio um deus capaz de tudo compreender, de tudo alcançar e de tudo poder manipular. Até a vida e a morte, outrora grandes mistérios, não escapam, hoje em dia, às nossas tentativas de manipulação. Eu acho que há coisas que não temos capacidade de compreender e aceitamos ou não aceitamos. As religiões resolveram o problema das conversas com Deus de uma forma mais simples, com as orações. Não há perguntas. Não há respostas. Só súplicas. Eu acho que se alguma vez tivesse uma conversa como a que tu imaginas iria apenas fazer algumas perguntas. Poucas e simples, não fosse dar-se o caso de ficar a saber demais.
Palavras sábias, zc!
Apenas discordo da "aversão" (não é palavra correcta, mas não me ocorre outra) à ciência e à tentativa de tudo perceber e manipular.
Pegando nas tuas palavras "Acha-se ele próprio um deus capaz de tudo compreender", pergunto: porque é que não nos havemos de considerar cada um de nós um Deus?
Se Deus nos deu essa capacidade (e vontade) quem somos nós para ir contra ela?
Bem-revindo aos comentários do blog...ptR...
já notei que este tema te é muito "caro" e gosto de ver o teu entusiasmo sobre o assunto.
Declaras-te ateu, portanto?
Eu continuo a dizer que nós, a nossa natureza, o nosso "ser" é que torna credível a "existência" de um deus. Está na nossa capacidade de entendimento ou discernimento acreditar ou não.
Afinal de contas somos nós que regemos a nossa vida, os nossos hábitos, as nossas acções, sejam elas boas ou más. Não temos que culpar ou agraciar entidades exteriores a nós mesmos.
Bem-vindo ZC tu também!
Já agora, que perguntas farias tu ao teu deus?
Olá, aprendiz!
Não sou nada ateu, muito pelo contrário. Acredito piamente no meu Deus. O meu Deus é que não se identifica com nenhuma das religiões conhecidas (digamos que todos estas estão contidas no meu Deus). Nem cristão, nem judeu... Talvez um pouco budista, mas nunca muçulmano!!! :)))
Não é omnipresente, omnisapiente nem nada disso, é quase humano. Falha, erra, tem dúvidas, não sabe o que dizer ou fazer... (talvez por isso, esteja tantas vezes "calado")
Aliás, segundo algumas religiões "mainstream", Deus construi o Homem à sua imagem, certo? Pois bem, eu vejo Deus à nossa imagem...
Por outras palavras: imagina um cientista a olhar para um tubo de ensaio sem fazer a mínima ideia do que vai acontecer lá dentro (apesar de ter sido ele a escolher e pôr lá os elementos)...
Nós não somos mais que um grãozinho de areia na sua experiência que tanto pode acabar esquecida e esturricada como nascer de lá uma praia magnifíca! Enfim, ninguém sabe...
Demasiado simplista ou faz algum sentido???
Ass: ptR
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