Marketing de experiência
"O marketing de experiência, ou seja, o planejamento sistemático de estímulos que proporcionem uma experiência emocional para o consumidor, é uma disciplina que já faz parte do dia-a-dia de diversos executivos de marketing, de todas as áreas.
Claro, muitas empresas ainda pensam o marketing de experiência de modo primário, como um simples “truque” de vendas. Algo como: “põe uma musiquinha suave na loja que ouvi dizer que assim o consumidor acaba gastando mais”.
Mas muitas organizações já vão além, entendendo que a oferta orquestrada de estímulos deve ser utilizada para ajudar a construir um posicionamento de marca único e relevante. E que estes estímulos podem e devem ser variados: visuais, auditivos, táteis...e envolventes: criando situações de interação com a empresa e gerando oportunidades de relacionamento com outros consumidores.
Esse foco no desenvolvimento planejado de “experiências” acontece hoje e se manterá amanhã por pelo menos três motivos.
O primeiro é um relativo esgotamento do modelo tradicional de marketing calcado apenas no oferecimento de benefícios ao consumidor. O alto grau de paridade tecnológica entre as empresas reduziu muito o espaço para uma diferenciação embasada na oferta de distintos benefícios funcionais. Além disso, mesmo benefícios menos tangíveis tradicionalmente trabalhados pelos anunciantes, como liberdade ou prazer, podem ser mais frágeis quando não amparados pela entrega de experiências reais.
Um segundo motivo, é que experiências de consumo únicas e diferentes são extremamente eficazes em gerar boca-a-boca, um canal absolutamente privilegiado para a circulação de mensagens sobre a marca. No boca-a-boca não é a empresa que fala de seus produtos, arcando com orçamentos dispendiosos para a compra de mídia. São os consumidores que falam “gratuitamente” sobre ela. Uma experiência forte é um poderoso combustível para esse boca-a-boca, pois tende a ser comentada com amigos, familiares e conhecidos.
Finalmente, o terceiro e fundamental motivo é que uma experiência positiva, de um modo geral, tem um poder muito maior em fazer com que o consumidor tenha uma relação de compra mais constante e intensa com a marca. Isto porque experiências normalmente invocam um amplo envolvimento sensorial do consumidor, tratando-o como ele realmente é: um decisor governado por suas emoções.
Explico melhor.
Está incorporado em muitos modelos de administração e marketing uma perspectiva bastante tradicional que enaltece a “razão”, partindo do princípio de que somos o orgulho de Platão e Descartes. Traduzindo: para decidir, alcançando os melhores resultados, devemos deixar as emoções de fora, considerar as diferentes alternativas à nossa disposição e efetuar uma análise de custo/benefícios de cada uma delas.
Pois bem, hoje sabemos que a realidade talvez seja bem diferente e que não é assim que os consumidores escolhem e criam vínculos com marcas.
Experimentos conduzidos por estudiosos da neurologia, como o competentíssimo Antonio Damásio, mostraram que sem a emoção a mente se perde em cálculos infindáveis e com o cálculo racional puro o ser humano escolhe mal ou, mais provavelmente, simplesmente é incapaz de escolher.
Qual o papel das emoções para evitar que isto aconteça?
Elas atuam como um filtro, reduzindo drasticamente o número de alternativas a serem consideradas na decisão de compra. E, de modo não menos importante, elas funcionam como um sistema de qualificação de diferentes opções de escolha.
Ora, uma experiência forte tem justamente estes méritos: não esquecemos jamais de levar em conta quem nos proporcionou a experiência (efeito filtro) e passamos a valorizar de modo muito especial essa empresa (efeito qualificação).
O segredo então é saber planejar essa experiência cuidadosamente, entendendo como ela reforça a promessa que desejamos estabelecer para a nossa marca."
**texto em www.troiano.com.br
Achei interessante este texto e ao ler comecei a estabelecer paralelismos entre a experiência na área das marcas, produtos, empresas e consumidores, com o tipo de relacionamentos entre as pessoas.
Tudo se resume a Experiências em que o sucesso dos relacionamentos depende dos estímulos que daí advêm.
Claro, muitas empresas ainda pensam o marketing de experiência de modo primário, como um simples “truque” de vendas. Algo como: “põe uma musiquinha suave na loja que ouvi dizer que assim o consumidor acaba gastando mais”.
Mas muitas organizações já vão além, entendendo que a oferta orquestrada de estímulos deve ser utilizada para ajudar a construir um posicionamento de marca único e relevante. E que estes estímulos podem e devem ser variados: visuais, auditivos, táteis...e envolventes: criando situações de interação com a empresa e gerando oportunidades de relacionamento com outros consumidores.
Esse foco no desenvolvimento planejado de “experiências” acontece hoje e se manterá amanhã por pelo menos três motivos.
O primeiro é um relativo esgotamento do modelo tradicional de marketing calcado apenas no oferecimento de benefícios ao consumidor. O alto grau de paridade tecnológica entre as empresas reduziu muito o espaço para uma diferenciação embasada na oferta de distintos benefícios funcionais. Além disso, mesmo benefícios menos tangíveis tradicionalmente trabalhados pelos anunciantes, como liberdade ou prazer, podem ser mais frágeis quando não amparados pela entrega de experiências reais.
Um segundo motivo, é que experiências de consumo únicas e diferentes são extremamente eficazes em gerar boca-a-boca, um canal absolutamente privilegiado para a circulação de mensagens sobre a marca. No boca-a-boca não é a empresa que fala de seus produtos, arcando com orçamentos dispendiosos para a compra de mídia. São os consumidores que falam “gratuitamente” sobre ela. Uma experiência forte é um poderoso combustível para esse boca-a-boca, pois tende a ser comentada com amigos, familiares e conhecidos.
Finalmente, o terceiro e fundamental motivo é que uma experiência positiva, de um modo geral, tem um poder muito maior em fazer com que o consumidor tenha uma relação de compra mais constante e intensa com a marca. Isto porque experiências normalmente invocam um amplo envolvimento sensorial do consumidor, tratando-o como ele realmente é: um decisor governado por suas emoções.
Explico melhor.
Está incorporado em muitos modelos de administração e marketing uma perspectiva bastante tradicional que enaltece a “razão”, partindo do princípio de que somos o orgulho de Platão e Descartes. Traduzindo: para decidir, alcançando os melhores resultados, devemos deixar as emoções de fora, considerar as diferentes alternativas à nossa disposição e efetuar uma análise de custo/benefícios de cada uma delas.
Pois bem, hoje sabemos que a realidade talvez seja bem diferente e que não é assim que os consumidores escolhem e criam vínculos com marcas.
Experimentos conduzidos por estudiosos da neurologia, como o competentíssimo Antonio Damásio, mostraram que sem a emoção a mente se perde em cálculos infindáveis e com o cálculo racional puro o ser humano escolhe mal ou, mais provavelmente, simplesmente é incapaz de escolher.
Qual o papel das emoções para evitar que isto aconteça?
Elas atuam como um filtro, reduzindo drasticamente o número de alternativas a serem consideradas na decisão de compra. E, de modo não menos importante, elas funcionam como um sistema de qualificação de diferentes opções de escolha.
Ora, uma experiência forte tem justamente estes méritos: não esquecemos jamais de levar em conta quem nos proporcionou a experiência (efeito filtro) e passamos a valorizar de modo muito especial essa empresa (efeito qualificação).
O segredo então é saber planejar essa experiência cuidadosamente, entendendo como ela reforça a promessa que desejamos estabelecer para a nossa marca."
**texto em www.troiano.com.br
Achei interessante este texto e ao ler comecei a estabelecer paralelismos entre a experiência na área das marcas, produtos, empresas e consumidores, com o tipo de relacionamentos entre as pessoas.
Tudo se resume a Experiências em que o sucesso dos relacionamentos depende dos estímulos que daí advêm.
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