terça-feira, dezembro 20, 2005

Não quero flores!


Não entendo porque se arrancam flores para virem morrer num vaso, em cima de uma mesa de uma sala, de uma casa, de uma pessoa.
Se não te encontras com a natureza, não é ela que virá ao teu encontro...
Não quero ramos. Quero plantações de flores de todas as cores e odores.
Quero papoilas! Mas quero-as lá onde elas nascem, vivem e morrem, naturalmente.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E comer azedas?! Isso é que é cruel...! Lembro-me de ser miúdo e de ir com o meu pai, o meu irmão e os meus vizinhos jogar à bola "prós Montes", que eram uns montes onde dava para jogar á bola. O que é incrivel é que nunca ninguém levou água. Frequentámos aquele sitío anos a fio, e nunca ninguém levou uma garrafa de água. Eu tinha sempre uma sede pavorosa, uma coisa horrível, durante os jogos. A meio da 1ª parte já eu só queria que aquilo acabasse para chegar a casa. A sede atormentava-me de tal forma que, mesmo quando finalmente me encontrava junto a uma torneira, não desatava logo a beber que nem um burro: primeiro, fantasiava. Ia buscar um púcaro velho, de aluminio, onde costumávamos aquecer o leite, e enchia-o a metade - o aluminio conferia-lhe frescura extra, e o ser um púcaro, parecia-me rústico. Depois, das duas uma: ou podia pensar que eu é que tinha inventado a água, e que por isso, era o maior do mundo, ou então que estava a atravessar o deserto, e que aquilo era a minha última ração, e que a tinha de esticar para os outros dias, e então bebia tudo de penalti, á bruta, e cagava na fantasia, porque já não dava para aguentar mais!
Um dia, ainda nem tinhamos começado, ainda no caminho iamos, já eu ardia em sede. Para aqueles lados existiam muitas azedas - aliás, eram o único verde - e eu decidi arrancar três ou quatro, fazer um rolinho, e comê-las. Descobri, nesse dia, que as azedas me inibiam a sede. Sempre gostei de azedas. Na altura fiquei surpreendido por mais este beneficio, julgava-me um enólogo das azedas, um "connaisseur", e afinal, olha, lá estavam elas a surpreender-me... mas pronto, efectivamente, era chato arrancá-las...

Bjs! :-)
roque

2:08 da manhã  
Blogger Aprendiz said...

Bem, com essa descrição quase que consegui visualizar os dois manos a irem por esses montes fora, de calçõezitos e boné, para jogarem à bola.

Azedas nunca "bebi", mas lembro-me daquelas espigas que arrancava para atirar às costas de quem passava, então se tivessem vestido um casaco de lã, era perfeito!...


fiquei com sede depois de ler o que escreveste, vou ali à cozinha beber água!!

:o)
beijitos

10:53 da tarde  

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