sexta-feira, março 06, 2009

Dor

Dói-me mudar - tudo o que é passível de mudança - de emprego, de cidade, de casa, de mim e de ti.

Dói-me começar: o início de alguma coisa significa o fim de outra: o teu fim em mim.

Dói-me sentir que já não te sinto; sinto muito.

Dói-me magoar-te ( no corpo e na vida ).

Dói-me tudo - por tudo - e: por nada.

A dor física eleva-se ao plano dos tecidos: regenerados, queimados, frios, quentes, rasgados, mortos.
Reacções a agressões físicas externas; não controláveis: evitáveis.

A dor emocional eleva-se ao plano dos sentidos. Não se vê. Não se cheira: sente-se, vive-se, sobrevive-se.
Repete-se ciclicamente. É desnecessária: inevitável


**aprendiz

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Muito bom;)

5:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Então e quando a dor emocional se mistura com o plano dos tecidos? Será que isso explica alguma pele de galinha? Ou a razão por que o coração bate mais depressa quando estamos apaixonados? :-)

11:56 da tarde  
Blogger Aprendiz said...

olá Roque!!!


Isso do coração bater mais depressa, chama-se taquicardia!

É desta que vou publicar o filme que enviaste...vais ver!

beijitos!!!!

11:41 da manhã  

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